vida em portugal, pandemia e mudança para o porto
Diário de Bordo

Vida em Portugal, pandemia e mudança para o Porto

A última atualização do nosso Diário de Bordo foi em fevereiro de 2020, um mês antes de tudo fechar em Portugal por conta da pandemia. É claro que muita coisa mudou de lá pra cá e é sobre isso que vou escrever hoje. 🙂

Recomendo que você leia os últimos artigos do Diário de Bordo, onde falo mais sobre a nossa mudança para Portugal, o mestrado na UBI, nosso processo de cidadania italiana e muito mais!

Vida na Covilhã e mestrado em cinema na UBI

Moramos na Covilhã entre maio de 2019 e maio de 2021, não há dúvidas de que esse lugar foi muito especial para nós. Tivemos uma casa com espaços muito nossos, fizemos amigos incríveis (daqueles que a gente pode contar 24 horas por dia), recebemos muitas visitas, mas passamos por muitos problemas também!

A Covilhã foi a cidade perfeita para começarmos a nossa vida como casal e imigrantes. Não só porque existe uma comunidade brasileira muito grande, mas porque a cidade é acolhedora e tem um custo de vida muito baixo. É fácil se apaixonar pela Covilhã, pela Serra, pelas paisagens, pelos moradores, pelos cafés…

Mas não era isso que buscávamos quando, lá em 2016, decidimos morar fora. Queríamos viver em uma cidade grande, onde tudo acontece e a Covilhã não era essa cidade (definitivamente hahaha). Nos mudamos pra lá pelo mestrado, mas sabíamos que no fim, em 2021, iríamos para outro lugar.

Mestrado em Cinema na Universidade da Beira Interior

O mestrado foi incrível e só não foi melhor por conta da pandemia, que impossibilitou as aulas presenciais e travou muitos trabalhos de campo.

O conceito de mestrado em Portugal é um pouco diferente do Brasil. Somos exigidos um pouco menos academicamente e temos mais liberdade para atividades que complementam a graduação. Como eu estudei cinema, tive tanto a oportunidade de produzir filmes quanto de ver trabalhos acadêmicos ganharem vida. As duas coisas serão extremamente valiosas para o futuro. Por isso, a escolha não poderia ter sido mais certeira.

covilha portugal
rua da nossa casa na Covilhã, num dia de neve, em 2020

A pandemia e os períodos de confinamento em Portugal

A vida estava indo bem, tinha show da Fresno marcado para o dia 14/03/2020 (quem me conhece sabe o quanto eu sou fã), já tínhamos feito as primeiras viagens do ano (2 dias em Dublin e 3 dias em Edimburgo) e estávamos ansiosos pelo que ainda viria em 2020. A verdade também é que já estávamos passando por vários perrengues mesmo sem pandemia, logo, o que aconteceu em 2020 só serviu pra nos afundar um pouquinho mais hahaha.

Portugal foi um dos primeiros países da Europa a fechar tudo, em março. Não sei vocês, mas fora o desespero de não saber muito bem o que estava acontecendo, a gente achava que até junho tudo estaria normal (iludidos???).

No fim, passamos praticamente o ano inteiro em casa. O país seguiu muito à risca todas as recomendações da OMS e nós seguimos muito todas as instruções que eram passadas.

Coronavírus na Covilhã

Acima falei que queríamos morar numa cidade onde tudo acontece e a Covilhã não era esse lugar. Até o coronavírus demorou a chegar por lá (QUE BOM, NÉ). De março até setembro de 2020 só foram registrados SEIS casos na cidade, era como se morássemos em uma bolha. E mesmo assim, tínhamos muito receio de sair e encontrar amigos.

As coisas em Portugal foram melhorar em setembro, coincidentemente foi quando começou a subir MUITO o número de casos em todo o país, inclusive na Covilhã. Foi assim até o final do ano, quando decidiram fazer uma leve abertura para o Natal, e que erro… de janeiro até março, abril, Portugal passou pelos piores meses da pandemia por conta dessa abertura.

E nós, já mentalmente esgotados, decidimos fugir.

destino compartilhado carol e tom
passamos o Natal de 2020 sozinhos em casa

Viagem para o Brasil

Foi quando decidimos passar 15 dias no Brasil.

Compramos as passagens um mês antes e estávamos muito aflitos pra que desse tudo certo (em meio há tantas restrições, cancelamentos de voos, tudo poderia dar errado). No fim, dois dias antes da viagem o nosso voo foi cancelado. E pior, não foi por conta da pandemia, mas sim de uma nevasca em Madri, onde faríamos escala.

Sempre tem que ter um perrengue, né? Mas segura aí que esse não foi o pior.

Os 15 dias no Brasil se transformaram em 13, já quase não valia mais a pena ir, mas insistimos e UM DIA ANTES Portugal decretou um novo confinamento. Ficamos em dúvida sobre sair ou não do país naquele momento, mas fomos firmes e mantivemos o plano, afinal eram só 13 dias, ia dar tudo certo.

A novela da volta pra casa

E deu certo, foram 13 dias incríveis, no calor, com a nossa família e obedecendo todas as regras (não saímos, não encontramos com mais ninguém, usamos máscara sempre que fomos pra rua – coisa rara em SP – e gastamos alguns frascos de álcool em gel).

O problema veio 2 dias antes do voo de volta pra casa, quando Portugal decidiu fechar as fronteiras para voos do Brasil. A volta, que seria no dia 31/01/2020 foi adiada 1, 2, 3, 4 VEZES.

Só fomos conseguir voltar no dia 23/03/2020, dois meses depois da data original e isso porque compramos outra passagem aérea pela Swiss, onde conseguiríamos fazer uma conexão na Suíça e assim ter como entrar em Portugal. Os 13 dias se tornaram mais de 60 e nos levaram a falência DE VERDADE.

Durante esse tempo estávamos pagando aluguel, conta de luz, água, telefone, internet… TUDO.

Mudança para o Porto

E foi quando percebemos que tínhamos que tomar uma decisão. Precisávamos sair da Covilhã. Queríamos um trabalho novo, um ar novo, oportunidades novas e não encontraríamos nada disso em uma cidade tão pequena. Voltar pra lá seria voltar pra tudo o que foi 2020 e não tínhamos tempo (nem energia) pra viver mais um ano igual aquele.

Tomamos a decisão essa decisão dias antes de voltar do Brasil e assim que chegamos na Covilhã começamos a ajustar tudo para que a mudança acontecesse logo. E foi. Deixamos a nossa casinha no dia 06 de maio, um dia depois da nossa chegada na cidade em 2019… Quanta coisa passamos ali, mas a verdade, era que a vontade de viver essa experiência nova era muito maior do que tudo naquele momento.

morar no porto

Por fim…

Desde então o Porto tem sido o nosso lar e não poderíamos estar mais felizes, finalmente moramos em uma cidade grande onde tudo acontece. Podemos sair depois do trabalho pra tomar uma cerveja (DE 4 EUROS, SOCORRO) na Torre dos Clérigos, ou dar uma volta na Ponte Luís I todos os dias, porque é só a cidade que moramos.

Tudo ainda é muito recente, mas é muito bom poder realizar sonhos, e sem dúvidas, esse era um muito grande.

O próximo é tomar a vacina!!! 🙂

Então, é isso! Se você gosta dos nossos artigos do Diário de Bordo conta pra gente, isso nos incentiva muito a continuar. E claro, não deixe de ler todos os outros artigos aqui do blog, escrevemos sempre com base nas nossas experiências pra deixar o mais transparente possível. E, qualquer dúvida é só mandar também! Afinal, amamossss falar de viagem. ❤️

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